• História das Superstições

História das Superstições

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DADOS TÉCNICOS:

A superstição é para a religião o que a astrologia é para a astronomia, a filha louca de uma mãe sábia. Voltaire

A palavra superstição, continua a pertencer à nossa linguagem: ainda hoje, são considerados supersticiosos, aqueles que parecem estabelecer uma relação de causalidade entre um ato ou um facto julgados significativos – treze convivas à mesa, o saleiro que se entorna, um espelho que se quebra, etc. – e um acontecimento, situado geralmente no futuro, que se espera ou que se receia e deseja afastar. Tais afirmações, comportamentos e crenças podem coexistir, na mesma sociedade, até num mesmo indivíduo, com uma abordagem científica e técnica dos fenómenos: pode bater-se na madeira antes de embarcar num avião, embora sabendo que este voará conforme as leis da aerodinâmica.
As superstições são hoje, em geral, toleradas: o seu espetáculo suscita a alguns um sorriso irónico, a outros uma curiosidade prudente. Não são novas na sua forma: o temor dos presságios é universal. As suas superstições não são novas na sua forma: o temor dos presságios é universal […] As superstições não se deparam já com os imperativos da fé enunciados por uma Igreja: em contrapartida, são geralmente opostas à racionalidade científica que o Ocidente forjou, sobretudo a partir do século XVIII. Mas esta substituição de um sistema de referências por outro efetuou-se muito progressivamente, e decerto que ainda não se encontra hoje totalmente concluída.

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